
Lutero iniciou seus estudos sobre a Bíblia e acabou por perceber que as interpretações dadas pela Igreja Católica eram distorcidas. Em 1512, torna-se doutor em Teologia e professor de Bíblia na Universidade de Wittenberg. Segundo Lutero, Deus não desejava castigar os homens, como muitas vezes era dito pelos padres. Ele queria o bem das pessoas e, para conseguir o Seu perdão, era necessário apenas ter fé.
As idéias de Lutero iam contra tudo o que era dito pela Igreja: o perdão não poderia ser comprado, pois este dependia apenas de Deus; discordava da venda de indulgências, pois, segundo ele, os homens só seriam perdoados e conseguiriam a salvação através da sua fé e boas ações e o relacionamento entre Deus e os homens deveria ser mais livre, sem intermediações do clero. Lutero traduz a Bíblia para o alemão popular, possibilitando que pessoas mais simples tivessem acesso à leitura da mesma.
Em 1517, Lutero publica as "95 Teses", um documento no qual expunha as suas descobertas teológicas depois de anos de estudo, fixando-as na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha.
Em 1518, Lutero é chamado a Roma, pois o Vaticano exigia que ele negasse tudo o que tinha dito, acabando de vez com os seus ensinamentos. Porém Lutero persistiu e, em um debate, afirma que o único com o poder de perdoar era Deus e que os Concílios poderiam cometer erros. Lutero foi excomungado pela Igreja Católica e considerado um herege.
Em 1521, a Igreja oferece a ele uma última oportunidade de negar o que havia dito, mas Lutero se recusou dizendo que não poderia agir contra a sua própria consciência.
Em 1530, é publicada a "Confissão de Augsburgo" na qual se destacavam as principais características do luteranismo. Em 18 de fevereiro de 1546, Martin Lutero morre e, apenas 9 anos mais tarde, o Imperador reconhece a existência de duas Igrejas na Alemanha: a Católica e a Luterana.
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